Irmão José Alfredo Poveda Yanguma, Irmão Alexander Espidia Paiba e eu, Irmão Willian Fausto Lourenço, ingressamos à última etapa da formação inicial de nossa congregação, o ano Eymardiano, aqui em Medellin, Colômbia, sob a orientação do Padre Gustavo Chaguendo. Para ser mais preciso, o processo se iniciou no dia 5 de fevereiro do decorrente ano onde fizemos memória e celebramos o batismo de nosso santo fundador São Pedro Julião Eymard. Nesta primeira fase estamos nos preparando para a celebração de nossos votos perpétuos que, significamente, se realizará 13 de maio de 2018 aqui na Província Beato Juan XXIII.
Estamos buscando viver esta experiência em clima de oração, convivência fraterna e releitura de nossa caminhada congregacional-eucarística. Por isso, retomando todo nosso processo vocacional nos sentimos, cada vez mais, interpelados pela Eucaristia que também é mesa, comunhão e profecia. Assim somos convocados a ser Pão Partido e dar respostas coerentes, no tempo e espaço que vivemos, aos homens e mulheres sedentos deste mesmo Pão (cfr. R.V.n.3).
É justo interrogar: como ser pão senão alimentarmos desse pão? Deste questionamento surge nossa maneira de viver que nos leva a diariamente à fração do pão na celebração eucarística e todo sentido de seguimento que desse mistério emana.
Partilhando com meus irmãos, temos entendido o valor da vida religiosa consagrada nos desafios do mundo atual. Somos para ser diferença e presença de algo novo que gera vida. Compreendemos cada vez mais o sentido de uma espiritualidade eucarística que dela mesma vive, se alimenta e se abre verdadeiramente à Cristo.
Também estamos aprofundando no sentido de uma vida orante em ação porque algo nos chama a sermos totalmente orantes e totalmente atuantes. A pergunta que nos provoca é: será possível ser religioso sacramentino sem o encontro destas duas realidades? Os trabalhos, as pastorais, os estudos, a paróquia, dentre outros, podem nos levar a fazer muitas coisas que, sem a vida orante eucarística e carismática, pode perder seu sentido e levar o religioso a ser apenas um funcionário dentro da comunidade. Isso não queremos.
Nesta ordem de ideias, estamos nos colocando como presença eucarística em um ambiente com pessoas privadas de liberdade, ou seja, em um penitenciária. Ver tantos jovens ali nos assombra, nos questiona e nos anima a seguir sendo pão de vida onde há carências de diversas ordens.
Assim, nesse tempo de preparação e reflexão, nos colocamos sobre os pilares orantes, fraternos e de serviço tão necessários à nossa vida de religiosos consagrados em especial na nossa congregação.
Fraternalmente, lhes pedimos orações.