Congregação Santíssimo Sacramento

Província Nossa Senhora de Guadalupe

DIÁRIO DE UM MINEIRO (DE MANHUAÇU – e-da-roça) EM PARIS. 06 janier 2019

Experiencia vivenciada pelo Pe. Provincial Marcelo Carlos, SSS no dia da Epifania do Senhor… 06/01/2019

“Hoje na liturgia cristã católica é festa da Epifania do Senhor (manifestação de Jesus aos 3 Reis Magos) queria celebrá-la em Notre Dame. A igreja do esplendor de quase 1000 anos (iniciada em 1163). Venci o “desânimo de sair sozinho” nesta Paris friorenta, de dias curtos e cinzentos; peguei o “casaco da coragem” e da persistência e venci o frio. Estudei as possibilidades do melhor caminho…. Então planejei sair à tarde, passar pela Place de la Concorde, Jardin des Tuileries, margens do Rio Sena, até a mais famosa catedral gótica do mundo: NOTRE DRAME. Lá haveria de celebrar, ao som do belíssimo órgão de tubo e do coral polifônico, a missa ainda da festa do Natal.

ENTRE as margens do Rio Sena, de frente ao imponente Palais du Louvre – construção do século XII-XII sob a coroa do Rei Felipe II – hoje ele é Palácio da cultura, da arte e do conhecimento: Museu du Louvre; guarda tesouros das civilizações antigas, medievais e modernas magnifique. Não por menos é o Museu mais visitado do mundo. …BEM ENTRE as margens do Rio Sena e a Catedral de Notre Dame fui tomado por 2 SENTIMENTOS genuinamente humanos: um foi o de êxtase proveniente da certeza de que, em Paris, temos uma concentração de tanta – mas tanta! – beleza, arte e conhecimento juntos que talvez não haja nada igual no mundo (ISSO FOI SUBLIME!) e o segundo sentimento que veio após o primeiro foi o da solidão. SOLIDÃO próprio de quem, naquele momento, estava só e não havia com quem compartilhar a primeira experiência – quem me conhece sabe como tenho necessidade de fal?r – eis que vi “as duas torres de N. Dame.

PARA FIM DE CONVERSA: fiquei só, parado no muro do Rio Sena, com estes dois sentimentos ambivalentes e paradoxais, contemplando, à distância, as duas torres da Catedral: uma era a da “solidão do um”; a outra era a “luz do nós” da beleza, da arte e do conhecimento que brilha como estrela a guiar os peregrinos da noite escura rumo a EPIFANIA DO SENHOR, HOJE. Que o Sumo Bem, Beleza e Sabedoria nos livre das noites frias que escondem os vazios inenarráveis de muitos contemporâneos. Que dentre estes brilhe A LUZ”

Pe. Marcelo Carlos Da Silva, SSS.

 

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