Congregação Santíssimo Sacramento

Província Nossa Senhora de Guadalupe

Basílica Menor Nossa Senhora da Imaculada Conceição e Santa Ifigênia

CONHEÇA UM POUCO DA HISTÓRIA DA BASÍLICA MENOR NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO – SANTA IFIGÊNIA
Desde o século XVIII havia uma Capelinha com o nome de Nossa Senhora da Conceição, no alto do morro, sobre o Vale do Anhangabaú. Em seu lugar foi construída outra igreja que foi concluída em 1794.
A atual Igreja de Santa Ifigênia foi construída no lugar de uma das mais antigas capelas da cidade, a Capela de Nossa Senhora da Conceição.
Em 13 de fevereiro de 1801 o Príncipe Regente D. João, determinou que a Irmandade de Santa Ifigênia e Santo Elesbão para negros e alforriados se estabelecesse na nova igreja. Conforme edito de Dom João VI em 1809 surgiu a paróquia de Nossa Senhora da Conceição – Santa Ifigênia, que deu nome ao largo e ao bairro localizado ao redor da igreja. Às ruas laterais receberam os nomes de Conceição (hoje atual Cásper Líbero) e Santa Ifigênia, o nome da Rua Santa Ifigênia foi conservado, e passou também ao bairro.
Nessa mesma época fora construído um cemitério atrás da igreja.
Como o bairro crescia, o bispo D. Mateus de Abreu Pereira transformou-a em matriz paroquial, tendo como pároco o Padre Antonio Paes de Camargo.
Logo, a igreja colonial fora demolida no início do século XX. Em 1905 com um projeto elaborado pelo arquiteto austríaco Johann Lorenz Madein, iniciou a nova construção, sendo concluída em 1912 e dando origem a atual sede. O estilo arquitetônico da igreja, nada tem a ver com o antigo edifício colonial, tem um caráter neo-românico com detalhes neogóticos, inspirado em igrejas medievais do norte da Europa. O interior foi ricamente decorado com pinturas, vitrais, púlpitos e um órgão monumental.
Em 1938 a igreja passou aos cuidados dos padres Sacramentinos, que a tornaram um centro de adoração ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia.
Entre 1930 e 1954, em razão da construção da Sé de São Paulo, a Igreja de Santa Ifigênia serviu de catedral provisória da cidade. Em 18 de abril de 1958 após uma grande reforma, foi elevada ao grau de basílica, recebendo o título de Basílica Menor do Santíssimo Sacramento, pelo papa Pio XII. Foi tombada pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP) em 1992.
A Igreja de Santa Ifigênia é um exemplo de arquitetura revivalista de estilo românico, com duas torres pequenas e uma torre central alta a maciça. As fachadas são decoradas com rosáceas e frisos lombardos, típicos da arquitetura românica medieval. O acesso ao interior se faz por um portal principal de múltiplas arquivoltas de arcos de volta perfeita, também de feição românica.
No interior as paredes e abóbadas estão decoradas com pinturas medievalistas multicoloridas. Gino Cantani executou a pintura artística da igreja em 1914. As três rosáceas e os janelões estão decorados com vitrais trazidos de Veneza. Abaixo de cada rosácea da nave há pinturas do artista de Henri Bernard (c. 1923), uma representando a “Adoração dos Magos” e a outra as “Bodas de Canaa”.
No presbitério as obras de Benedito Calixto representam “Anunciação” e “A Piedade” e Carlos Oswald e os irmãos Enrico e Fernando Bastiglia, também contribuíram com suas artes no interior da igreja.
As abóbadas possuem inspiração gótica.
A nave tem dois púlpitos neogóticos, esculpidos em madeira Carvalho, importados da França em 1920. Um traz um relevo representando São Pedro e o outro São Paulo.
Em 1924 foi inaugurado o órgão, trazido da Alemanha, atualmente funciona parcialmente, na forma de um pequeno positivo instalado no lugar do antigo altar-mor. O restante do órgão está em seu lugar original, o coro, desmontado, aguardando restauro.
O órgão fabricado pela Casa Walcker Orgelbau é um dos melhores do país, e apesar de seu mau estado de conservação pode ser ouvido nas missas dominicais matinais.
Atualmente a igreja acolhe todos os que desejam viver mais intensamente o Mistério Eucarístico em suas vidas.
Fotos: Paulo Fernandes Rodrigues da Cruz
Resumo histórico: Fanny Benites Raduan
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